terça-feira, 16 de setembro de 2014

O nascimento do direito e o desenvolvimento da sociedade brasileira

Por Martha Miranda dos Santos 
Quinta-feira, 28 de agosto de 2014

No final do século XVIII, a Revolução Francesa foi o marco inicial de muita relevância no que diz respeito à luta por direitos, com o slogan:igualdade, liberdade e fraternidade. 

Este movimento influenciado pelas ideias iluministas, contou com a participação de burgueses, camponeses, artesãs, desempregados, pois, somente a nobreza e o clero tinham os privilégios de não pagar impostos, recebiam pensões do estado e exerciam cargos públicos.   

Neste período, a agricultura e a indústria têxtil passavam por muitas dificuldades, a economia francesa estava em crise. Como consequência, vários trabalhadores ficaram desempregados, e a população começou a passar por necessidades financeiras. Com agravamento da situação, deu inicio o processo de mudança que ocasionou em revolução.   

Depois de muitas lutas e com o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza, o povo alcançou a autonomia tendo acesso aos direitos políticos, sociais, passando a ser mais respeitado e a partir desses acontecimentos que se baseiam a noção de cidadania. 
No Brasil pensar em direitos e cidadania significa refletir um pouco sobre toda a conjuntura histórica e nas relações politicas e sociais que foram estabelecidas.

Após a independência, o legado colonial, principalmente da escravidão, continuou presente na vida da população.  A tão sonhada liberdade praticamente inexistia na sociedade escravocrata. Os direitos existiam apenas no papel, os senhores coronéis estavam acima deles. 

Na década de 1920,com a imigração e a luta dos trabalhadores principalmente nas grandes cidades do país, pequenas conquistas foram alcançadas, como o direito de organização, manifestação politicas com a criação do partido comunista, além das greves, porém, a repressão sempre era presente por parte dos governantes. 
Em 1930, houve a revolução, sendo este o movimento armado, colocando fim a República Velha. De 1930 a 1945, conhecido como era Getulista, o pais se transforma em uma nação industrial. Com a constituição de 1934, a população passa ter o direito ao voto secreto, voto feminino, ensino primário obrigatório e leis trabalhistas. De 1937 a 1945, Getúlio Vargas com o Estado Novo,implanta uma ditatura implantando a chamada modernização nacionalista, conservadora e autoritária.

Em 1946, foi promulgada a Constituição Brasileira, substituindo a existente durante o governo ditatorial de Getúlio Vargas, e entre as suas novas regulamentações estavam: igualdade perante a lei, ausência de censura, garantia de sigilo em correspondências, liberdade religiosa, liberdade de associação, extinção da pena de morte e separação dos três poderes.

De 1956 a 1961- Juscelino Kubitschek de Oliveira, Presidente, o país vive o período do desenvolvimentismo com o plano de metas. No entanto, o acelerado processo de industrialização registrado no período, acarretou uma série de problemas ao longo prazo para a econômica brasileira, com o agravamento do processo inflacionário e aumento da divida externa.

De 1964 a 1985, houve o período da ditadura militar e o Brasil passa a ser governado pelos militares, e a justificativa seria o golpe comunista. Esta época caracterizou pela falta de: democracia, direitos constitucionais, direitos humanos, sociais, civis, perseguição politica e muita repressão. 

Com o fim da ditadura, nos anos de 1980, o país inicia o processo de redemocratização. Começa então a luta dos movimentos sociais, partidos políticos, instituições educacionais, trabalhadores, estudantes, que começam a reivindicar questões referentes à saúde, habitação, saneamento, transportes, gênero, raça, etnia, e outros recortes importantes. Devido as arbitrariedade e abusos cometidos durante o regime ditatorial militar, houve uma motivação maior de se colocar na agenda a discussão dos direitos humanos. Nisso entra em cena a chamada nova cidadania ou cidadania ampliada e começa a luta por uma nova concepção de politica democrática que reivindicam direitos e oportunidades iguais na sociedade.
Mediante este contexto, em 1986 foram escolhidos através de votação os constituintes que iriam redigir a nova constituição do Brasil. Em 1988, a Constituição Federal foi promulgada, chamada também de Constituição Cidadã, e de acordo com a história brasileira pela primeira vez foi possível de forma democrática estabelecer a garantia dos direitos humanos, civis, políticos, sociais no Brasil. 

Torna-se importante mencionar que apesar da conquista, e para que estas garantias sejam de fato cumpridas tornando realidade na sociedade, como cidadania plena, temos ainda muito que lutar.    

REFERÊNCIA
Revolução Francesa- Disponível em: http://www.infoescola.com/historia/revolucao-francesa/, acessado em 15 de agosto de 2014.

Pensando com a Sociedade Brasileira: Da Colônia á República Velha – Disponível em: http://www.gppgr.neaad.ufes.br/file.php/139/Modulo4/mod4_unidade1_texto2.pdf, acessado em 15 de agosto de 2014. 

Pensando com a Sociedade Brasileira: Do Período Getulista Á Ditadura Militar – Disponível em: http://www.gppgr.neaad.ufes.br/file.php/139/Modulo4/mod4_unidade1_texto3.pdf, acessado em 15 de agosto de 2014.

A Sociedade Civil Brasileira Da Redemocratização – Disponível em: http://www.gppgr.neaad.ufes.br/file.php/139/Modulo4/mod4_unidade1_texto5.pdf, acessado em 15 de agosto de 2014. 






quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Condições para a concretização do Estado Democrático de Direito

Por Rodrigo Bravin
Segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Para concretização do Estado Democrático de Direito, todos os agentes públicos/as precisam conhecer a realidade do Município, Estado e/ou da União, para que isso possibilite a escolha de prioridades e também a separação de recursos do orçamento que atendam essas demandas. Nesse caso, a sociedade civil precisar atuar na elaboração de políticas para que tenham efetividade no combate às desigualdades.

Outra necessidade imperiosa para o sucesso ou não da política pública é a forma como os gestores exercem seu poder. A realidade atual não aceita mais uma postura centralizadora dos gestores, mas uma atuação política, descentralizada e que oportunize a participação da coletividade. 


REFERÊNCIAS
BRASIL. Políticas públicas no estado democrático de direitos. Disponível em:http://www.gppgr.neaad.ufes.br/file.php/139/Modulo4/mod4_unidade3_ texto1.pdf. Acesso em 07 de setembro de 2014.

Exigências para a construção de um Estado Democrático de Direito

Por Maria da Glória de Souza
Segunda-feira,  8 de setembro de 2014

O texto relata que são inúmeras as exigências para a construção do Estado Democrático de Direito, é preciso governos comprometidos com o avanço da sociedade, uma política de inclusão, atuação eficiente dos agentes públicos na consecução do programa político do governo eleito e a tradução deste programa de governo por meio das políticas públicas nas áreas e temáticas que contribuem para a promoção da igualdade e para o exercício da cidadania.

Dívidas Históricas Brasileiras

Por Patrícia Veronesi Batista
Segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Identificam-se três acontecimentos que resultaram em consequências drásticas para gerações e mais gerações de famílias pertencentes às camadas pobres do país, que por serem desprovidos de bens e rendas não tiveram condições de usufruir dos direitos acessíveis (e por que não dizer destinados) apenas às famílias abastadas. 

Tratam-se de decisões que ainda hoje refletem e reforçam abismos sociais, concentração de renda, impedindo o acesso e efetivo exercício da cidadania de milhares de brasileiros, caracterizando-se então por representar dívidas históricas. São elas:

  • o sistema agrário: que centralizou a posse de terras sob cuidados dos antigos senhores "sesmeiros", desconsiderando índios, negros e ex-escravos que a muito tempo já viviam nelas;
  • a libertação dos escravos: realizada sem qualquer amparo de políticas públicas específicas, relegando-os ao desemprego, à miséria e à invisibilidade social;
  • a elitização da educação: centrada no atendimento dos interesses das famílias abastadas, desconsiderando a necessidade de universalizar o acesso a toda a população, incluindo índios, negros e ex-escravos.

Esses acontecimentos configuram-se hoje como motivação para as reivindicações de direitos de diversos grupos historicamente marginalizados, para a criação de políticas públicas que incluam e democratizem o acesso aos lugares e posições nunca antes ocupados.


REFERÊNCIA
HEILBON, Maria Luiza; ARAÚJO, Leila; BARRETO, Andreia. Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça: módulo III. Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: Secretaria de Políticas para as mulheres, 2010.

Significados de"cidadania"

Por Rosângela Surlo Gomes Ramos
Segunda-feira, 18 de agosto de 2014

No final do século XVIII o Conceito de cidadão foi forjado pela Burguesia que se sentiu prejudicada em seus interesses, pela arrecadação de impostos que recaia sobre ela, e também o controle rígido pelo poder real. Na tentativa de romper os monopólios e as limitações impostos pela nobreza e pelo rei, a burguesia lutava pela “liberdade” para poder participar na politica e influenciar nas decisões sobre estes assuntos.

Para que a burguesia alcançasse a liberdade, criaram a ideia de que todo ser humano tem os mesmos direitos ao nascer: “liberdade, igualdade e fraternidade”, embora Igualdade fossea ideia de que todos os seres humanos tem os mesmos direitos ao nascer e não a ideia de que todos devem ter os mesmos bens  e rendas.A igualdade é formal e não real.

Na idade Contemporânea, a partir da Revolução Industrial, a sociedade se altera em diversos aspectos, dentre eles a formação de uma nova classe social chamada de proletariado, e a urbanização da sociedade.

Os trabalhadores passam então a lutar pelos mínimos direitos: emprego e um salario suficiente para alimentação.

Após muitas lutas e sacrifícios, os trabalhadores/as vão conquistando o direito ao voto, o direito à organização sindical, a limitação da jornada de trabalho, o direto as férias entre outros.
Vale ressaltar que ainda hoje, ainda lutamos pela garantia do direito real à cidadania.