quarta-feira, 7 de maio de 2014

Políticas Afirmativas: uma mudança paradigmática nos estudos dedicados aos chamados novos movimentos sociais

Por Rosângela Surlo Gomes Ramos
Sábado, 12 de abril de 2014

A mudança paradigmática nos estudos dedicados aos novos movimentos sociais ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, quando os movimentos sociais tomaram novas feições e assumiram compromissos com a modificação de situações diversas do movimento operário. Em síntese, os Novos Movimentos Sociais são muito mais preocupados com as dimensões da identidade humana, com questões que supervalorizem o indivíduo, a cultura, a qualidade de vida.
A expressão Novos movimentos sociais diferencia-se aos Movimentos sociais tradicionais, que se faziam através de uma identidade de classe social, movimentos operário-sindicais, organizados a partir do mundo do trabalho, composto por patrões e empregados, como duas identidades opostas.
Nas ultimas décadas, essa organização sofreu alterações, com as diferentes identidades que os sujeitos foram assumindo ao longo da vida, e deu vez a numerosas formas de identificação social autonomizadas, como negros, gays, ambientalistas, ruralistas, feministas, pacifistas, veganistas, imigrantes, indígenas, consumidores, trabalhadores sem teto ou sem terra, ativistas anti-globalização etc...
Com essa diversidade, foram necessárias elaboração de ações afirmativas atuando preventivamente em favor de indivíduos que potencialmente são discriminados, o que pode ser entendido tanto como uma prevenção à discriminação quanto como uma reparação de seus efeitos. Segundo Sabrina Moehlecke:
A ação afirmativa busca corrigir uma situação de discriminação e desigualdade que acomete certos grupos através de medidas sociais, econômicas, políticas ou culturais (Moehlecke, 2002).
Podemos classificar como ações afirmativas: incremento da contratação e promoção de membros de grupos discriminados no emprego e na educação por via de metas, cotas, bônus ou fundos de estímulo; bolsas de estudo; empréstimos e preferência em contratos públicos; determinação de metas ou cotas mínimas de participação na mídia, na política e outros âmbitos; reparações financeiras; distribuição de terras e habitação; medidas de proteção a estilos de vida ameaçados etc... Essas ações tentam “superar as mazelas sociais e promover a inclusão e a justiça, a partir dos anos 1990, o Brasil tem sido alvo em potencial dos programas de ações afirmativas que visam reconhecer e corrigir situações de direitos negados socialmente ao longo da história.”
Um forte exemplo de Ações afirmativas de Gênero ocorreu em 1995 quando a primeira política de cotas foi adotada nacionalmente. Através da legislação eleitoral, foi estabelecida uma cota mínima de 30% de mulheres para as candidaturas de todos os partidos políticos.
Exemplo de Ações afirmativas de Raça, através da Lei 10.639 de 09 janeiro de 2003, com o acréscimo do Artigo 26 na Lei 9394 “Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.”
REFERÊNCIAS
Disponível em <http://meuartigo.brasilescola.com/sociologia/acoes-afirmativas-politicas-publicas-inclusao-social.htm> acesso em 01/04/2014
Disponível em<http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/33955-44742-1-PB.pdf>Acesso em 31 de março de 2014.
Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Novos_Movimentos_Sociais> acessado em 31 de março de 2014.
Disponível em <http://gemaa.iesp.uerj.br/index.php?option=com_k2&view=item&id=1:o-que-s%C3%A3o-a%C3%A7%C3%B5es-afirmativas?&Itemid=217> acessado em 01/04/2014.
Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/cp/n117/15559.pdf> acessado em 01/04/2014.
Disponível em http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/lei_10639_09012003.pdf acessado em 01/04/2014.



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