Por
Maria da Glória de Souza
Presumo que a citação se relaciona com
a influência que sofremos no passado e se perpetuou pelos dias atuais. Muito
dos nossos costumes tem origem ou sofreram influência indígena ou negra. O
cuidado com o corpo, o vocabulário - herança da língua tupi, o gosto pelo
milho, pelo caju, pelo aipim ou mandioca, os remédios caseiros feito de plantas
e ervas, o gosto pela água, de se pentear, o cabelo brilhante pelo uso do óleo,
são influências indígenas e a ternura, a religião, o jeito de falar, no canto
que embala a criança, na comida – a famosa feijoada que não pode faltar na mesa
dos brasileiros, o gosto pela música, as danças,tudo isso remete aos negros e
principalmente, a facilidade de se conviver com a miséria. E ambos
influenciaram na forma de trabalhar, de lidar com a terra, na pesca e na caça.
Em alguns Estados é perceptível a
influência: na Bahia – onde o povo é alegre, festeiro, eloquente – remete-se ao
negro e outros como o Piauí, a Paraíba e o Pernambuco – o povo é mais calado,
influência indígena.
Mediante tudo isso, mesmo que a cor da
pele ou o sobrenome designe outro povo, mesmo que não carregamos na alma, no
corpo, mas o jeito, os gostos e as influências denunciam que temos traços que
lembram negros ou índios, quiçá, os dois.
REFERÊNCIA
A cara do brasileiro
–Superinteressante, disponível em: http://super.abril.com.br/cultura/cara-brasileiro-445905.shtml, acessado em 13 de
junho de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário