Por Rosângela Surlo Gomes
Ramos
Quinta-feira, 19 de junho de
2014
O preconceito no Brasil é racial ou de
classe? Baseada nas leituras da Unidade 2 do módulo 3, é possível observar
que alguns escritores se opõem ao escrever sobre esse tema.
Considerando que a maioria da população negra
era constituída por pobres, resultava-se na simetria “negro/a = classe
baixa/pobre”, algo que levava muitos/as pesquisadores, como por exemplo, Donald
Pierson, a interpretar o preconceito que se praticava contra negros/as como
sendo preconceito de classe. Mas para Oracy Nogueira, o que ocorria na verdade
era uma discriminação racial com características bastante próprias da realidade
brasileira: a distinção a partir da cor e dos traços, o que chamou de “preconceito
de marca ou de cor”. Já o sociólogo Florestan Fernandes, conseguia fazer uma
analise na qual equacionava ao mesmo tempo raça e classe. Dando os primeiros
passos na desconstrução de democracia racial, ao apresenta-la como categoria
desmistificadora das relações no Brasil.
O fato é que, em suma, os estudos da UNESCO
apontaram que éramos (e somos!) um pais racista. Considerando esse
apontamento, o preconceito, quer seja racial ou de classe, precisam ser banidos
da sociedade, pois não deve existir uma suposta superioridade de grupos
dominadores em relação a grupos dominados.
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