sexta-feira, 18 de julho de 2014

O percurso do conceito de raça no campo de relações raciais no Brasil

Por Rosângela Surlo Gomes Ramos
Quinta-feira, 19 de junho de 2014

O preconceito no Brasil é racial ou de classe? Baseada nas leituras da Unidade 2 do módulo 3, é possível observar que alguns escritores se opõem ao escrever sobre esse tema.

Considerando que a maioria da população negra era constituída por pobres, resultava-se na simetria “negro/a = classe baixa/pobre”, algo que levava muitos/as pesquisadores, como por exemplo, Donald Pierson, a interpretar o preconceito que se praticava contra negros/as como sendo preconceito de classe. Mas para Oracy Nogueira, o que ocorria na verdade era uma discriminação racial com características bastante próprias da realidade brasileira: a distinção a partir da cor e dos traços, o que chamou de “preconceito de marca ou de cor”. Já o sociólogo Florestan Fernandes, conseguia fazer uma analise na qual equacionava ao mesmo tempo raça e classe. Dando os primeiros passos na desconstrução de democracia racial, ao apresenta-la como categoria desmistificadora das relações no Brasil.

O fato é que, em suma, os estudos da UNESCO apontaram que éramos (e somos!) um pais racista.  Considerando esse apontamento, o preconceito, quer seja racial ou de classe, precisam ser banidos da sociedade, pois não deve existir uma suposta superioridade de grupos dominadores em relação a grupos dominados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário