sexta-feira, 18 de julho de 2014

A discriminação de cor e de gênero que incide sobre as mulheres negras no Brasil

Por Martha Miranda dos Santos
Segunda-feira,  30 de junho de 2014

Uma das maiores particularidades do racismo brasileiro é o modo como o preconceito se esconde sob a máscara de um país racialmente democrático. Com a justificativa de que o Brasil não enxerga cor e que é composto por pessoas miscigenadas, os negros e especialmente a mulher negra continuam sofrendo com as desvantagens de um sistema injusto e racista.

Do período da escravidão até os dias atuais, a mulher negra ainda continua vivendo o processo da discriminação tanto de gênero como de raça.  Na escravatura, amulher negra escrava, quando não trabalhava nos serviços braçais ao lado dos homens, dedicava-se aos serviços domésticos, na casa dos seus patrões, além de ocupar-se, muitas vezes, com a tarefa de ser mãe de leite, tendo que amamentar o filho alheio. Além disso, sua imagem sempre esteve vinculada como objeto sexual satisfazendo os desejos dos homens brancos.Hoje, em relação ao trabalho, realizam serviços precários e estão presentes na maioria das cozinhas dos lares brasileiros servindo as famílias brancas e ricas.

Nesse sentido,sua situação é marcada por um contexto histórico de exploração sexual, emprego desvalorizado, violência, falta de acesso à saúde e educação. A comprovação feita através de pesquisas realizadas nos últimos anos, nos mostra que a mulher negra apresenta menor nível de escolaridade, trabalha mais, porém com rendimento menor, e continua em último lugar na escala social.

Contudo, apesar de todos os indicadores sociais, tendo em vistatodo o processo de desigualdade e discriminação envolvendo as mulheres negras e sabendo ainda que a questão de gênero por si sóapresenta dificuldade, porém, somada a da raça, significa que ainda é maior, algumas mulheresconseguiram romper as barreiras,vencendo as adversidades, criando estratégicas no alcance da suaascensão social.

REFERÊNCIAS
Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/022/22csilva.htm.acessado em 27 de junho de 2014.

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