Por Martha Miranda dos Santos
Segunda-feira, 30 de junho de 2014
Uma das maiores particularidades do racismo brasileiro é o modo como o preconceito se esconde
sob a máscara de um país racialmente democrático. Com a justificativa de que o
Brasil não enxerga cor e que é composto por pessoas miscigenadas, os negros e especialmente
a mulher negra continuam sofrendo com as desvantagens de um sistema injusto e
racista.
Do período da escravidão até os dias atuais, a
mulher negra ainda continua vivendo o processo da discriminação tanto de gênero
como de raça. Na escravatura, amulher negra escrava, quando
não trabalhava nos serviços braçais ao lado dos homens, dedicava-se aos
serviços domésticos, na casa dos seus patrões, além de ocupar-se, muitas vezes,
com a tarefa de ser mãe de leite, tendo que amamentar o filho alheio. Além disso, sua imagem sempre esteve
vinculada como objeto sexual satisfazendo os desejos dos homens brancos.Hoje, em relação ao trabalho, realizam
serviços precários e estão presentes na maioria das cozinhas dos lares
brasileiros servindo as famílias
brancas e ricas.
Nesse sentido,sua situação é marcada por um contexto histórico de exploração
sexual, emprego desvalorizado, violência, falta de acesso à saúde e educação. A
comprovação feita através de pesquisas realizadas nos últimos anos, nos mostra que a mulher negra apresenta menor nível de
escolaridade, trabalha mais, porém com rendimento menor, e continua em último
lugar na escala social.
Contudo, apesar de todos os indicadores sociais,
tendo em vistatodo o processo de desigualdade e discriminação envolvendo as
mulheres negras e sabendo ainda que a questão de gênero por si sóapresenta
dificuldade, porém, somada a da raça, significa que ainda é maior, algumas
mulheresconseguiram romper as barreiras,vencendo as adversidades, criando estratégicas
no alcance da suaascensão social.
REFERÊNCIAS
Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/022/22csilva.htm.acessado em 27 de junho de 2014.
Disponível em http://www.ufgd.edu.br/reitoria/neab/downloads/situacao-das-mulheres-negras-no-mercado-de-trabalho-uma-analise-dos-in, acessado em 27 de junho de 2014
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