terça-feira, 5 de agosto de 2014

PLANO DE AÇÃO II


"DA COR DA PELE"

Por Maria da Glória de Souza
Sexta-feira, 18 de julho de 2014

OBJETIVO DA AÇÃO
Desenvolver e proporcionar orientações de cuidados básicos para a saúde da pele de mulheres atendidas no Cras de Santa Leopoldina.

JUSTIFICATIVA
Com os novos arranjos familiares presentes em nossa sociedade, as mulheres passaram a ocupar papéis diferentes e o mais comum desses papéis são mulheres que comandam famílias e necessitam trabalhar para garantir o sustento. Destacam-se entre essas mulheres, as que trabalham diariamente exposta aos efeitos da prolongada exposição solar ao longo da vida.

Especialistas na área de Dermatologia relatam que a exposição excessiva e continua aos raios solares é a causa principal para o aparecimento do câncer de pele. Pele queimada não é sinal de saúde, como muitos acreditam e o sol em demasia, ao longo dos anos, também pode causar queimaduras e envelhecimento precoce. Mediante essa demanda constata-se a importância de orientar estas mulheres sobre as questões de saúde da pele, ciente que a preocupação com o trabalho impossibilita-as de realizar os cuidados necessários com a pele.

Importa ressaltar que há uma miscigenação em Santa Leopoldina, considerado como um município pomerano, mas que também tem entre seus moradores, mulheres de outra raça, entre elas, afrodescendentes. 

DESCRIÇÃO DA AÇÃO
  • Reunião de planejamento com a equipe do Cras de Santa Leopoldina (Assistente Social, Coordenador e Psicóloga) e Secretaria Municipal de Saúde para disponibilização de profissional (Dermatologista) para a execução da palestra e buscar parcerias para patrocinar os kits (filtro solar, protetor labial,um boné, uma garrafa de água (squeeze) e uma mochila) para prevenção e cuidado com a pele;
  • Confecção de folders, convites e vídeos informativos;
  • Impressão dos convites e divulgação da palestra;
  • Ação educativa com a informação dos cuidados básicos com Dermatologista e entrega dos Kits;
  • Elaboração de relatório final e divulgação no Blogfólio.

CRONOGRAMA
Para planejamento: 
  • Conseguir parceria para patrocinar os kits de produtos de prevenção da pele e Profissional (Dermatologista) para a execução da palestra: 02 e 03/07/2014.
  • Levantamento de participantes da palestra e envio de convites: 03 e 04/07/2014.
  • Preparação do local e confecção de folders e vídeos informativos: 04 e 05/07/2014.

Para execução:
  • Palestra e Apresentação dos Vídeos: 06/07/2014.
  • Entrega dos Kits dos produtos patrocinados e Folders Informativos e Avaliação do Projeto: 06/07/2014.
  • Elaboração do relatório final e divulgação no Blog: 17/07/2014.

POPULAÇÃO BENEFICIADA
Mulheres atendidas no Cras de Santa Leopoldina

REFERÊNCIA
Projeto Oficial Proteção Solar - Disponível em: <http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/17_08_2010>. Acesso em: 01 de julho de 2014.

PLANO DE AÇÃO II


"BELEZA NEGRA"

Por Rosângela Surlo Gomes Ramos
Sexta-feira, 18 de julho de 2014


OBJETIVO DA AÇÃO
O objetivo geral do Projeto é a produção executiva de um evento voltado ao resgate da identidade étnico racial da mulher negra, a ser realizado na Comunidade Quilombola de Retiro, em Santa Leopoldina-ES.

O Evento visa à execução de uma “Noite Cultural”, voltada à valorização da beleza da mulher negra e da cultura africana contando com atrações voltadas a ressignificação da africanidade, em comemoração ao Dia da Mulher Africana, celebrado no dia 31 de julho e do Dia da Mulher Afro-latino Americana e Caribenha comemorado no dia 25 de Julho.

A temática do evento foi escolhida a partir da compreensão da necessidade de valorização da Beleza Negra Feminina.

JUSTIFICATIVA
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios-PNAD, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE em 2012, a população parda e negra no Brasil equivale a 45% e 7,9%, respectivamente, totalizando cerca de 104 milhões de pessoas. No Espírito Santo, o PNAD aponta 50,7% e 7,5% de negros, no total aproximado de 1,7 milhão de habitantes. Os dados indicam que a população afrodescendente é a maioria, tanto no país, quanto no estado do Espírito Santo.

Segundo Freire: “todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma quando não na alma e no corpo, a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro” (FREYRE, 1993).

A partir da compreensão da necessidade de se fazer um resgate étnico racial, essa proposta foi elaborada, voltada a este público-alvo, tendo então, identificado o Dia da Mulher Africana (31 de julho) e o Dia da Mulher Afro-latino Americana e Caribenha comemorado no dia 25 de Julho.

O dia 31 de Julho foi instituído como o Dia da Mulher Africana, no ano de 1962, durante a Conferência das Mulheres Africanas, na Tanzânia - África. Na ocasião, os países e Movimentos Sociais envolvidos com a causa visavam destacar e debater o papel da mulher na reconstrução da África, elaborando estratégias de ação nas áreas da educação e luta pela garantia da paz e democracia para as mulheres africanas nos territórios da África.

Já o Dia Internacional da Mulher Afro-latino Americana e Caribenha é comemorado no dia 25 de Julho e foi instituído em 1992 a partir do primeiro encontro de mulheres negras da América Latina, na República Dominicana na intensão de fortalecer políticas de inclusão e fomentar ações de combate à discriminação racial e de gênero.

Com o propósito de fazer valer o que consta nos preâmbulos da Constituição, que considera a igualdade, como valor supremo “de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos”, e estimular para “promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”, esse Plano de Ação foi elaborado.” 

DESCRIÇÃO DA AÇÃO
A programação contará com apresentações culturais ministradas pelo grupo de Capoeira Angola, Aula Show de Maquiagem, Oficina de Penteado Afro desenvolvido pelo Grupo Afro Odomodê, Desfile de Moda e Beleza Negra, oferecido pela Empresa Face’s Models e será finalizado com Boate Afro (ritmo afro remixado). As ações serão desenvolvidas na intensão de fomentar o conhecimento dos participantes acerca da Cultura Africana.

CRONOGRAMA 
Para planejamento: 23/06 a 27/06/2014
Captação de Apoios: 30/06 a 04/07/2014
Divulgação do Evento: 01/07 a 25/07/2014
Realização do Evento: 31/07/2014

Para execução:
18h30 – Abertura do Evento –
18h40 – Apresentação do Grupo Capoeira Angola
19h – Aula Show de Maquiagem e Penteado Afro Odomodê
20h – Desfile de Moda e Beleza Negra
21h – Apresentação Percussão Odomodê e Boate Afro (ritmo afro remixado)
21H30h – Encerramento das atividades.

POPULAÇÃO BENEFICIADA
Mulheres negras, integrantes de movimentos, instituições e associações relacionados à cultura afro, profissionais e estudantes da área de moda, beleza, história e cultura Afro, convidados, apoiadores e parceiros do evento.

REFERÊNCIAS 
Disponível em: <http://www.geledes.org.br/preconceito-racial-vida-tem-cor-que-voce-pinta/>. Acesso em: 6 de maio de 2014.



PLANO DE AÇÃO II



"PINTANDO A ESCOLA DE TODAS AS CORES"

Por Rodrigo Bravin
Sexta-feira, 18 de julho de 2014


OBJETIVO DA AÇÃO
Geral: Estimular a criação de um ambiente de respeito às diferenças étnicas na EEEFM Alice Holzmeister em Santa Leopoldina.
Específicos:
  • Possibilitar aos alunos o reconhecimento e a valorização da cultura negra como um componente importante da construção do Brasil;
  • Incluir a questão racial como conteúdo multidisciplinar durante o ano letivo, por meio da lei 10.639/03, que trata do ensino obrigatório da História e da Cultura afro-brasileira na educação básica;
  • Estimular atividades culturais oriundas da África como danças, músicas, etc. 
Buscaremos sensibilizar todos os estudantes do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Alice Holzmeister para promover a mudança de atitudes frente ao preconceito racial e da visão em relação às contribuições dos povos africanos no Brasil.

JUSTIFICATIVA 
O racismo se constitui até os dias de hoje como um grave problema no mundo e, por isso, o ambiente escolar não está imune à suas consequências. Sendo assim, cabe questionar qual o papel da escola? Freire (1996) ensina que escola e educadores devem respeitar os estudantes e considerar os saberes que eles trazem, inclusive para usá-los no trabalho com os conteúdos pedagógicos.

Por que não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina, a realidade agressiva em que a violência é a constante e a convivência das pessoas é muito maior com a morte do que com a vida? Por que não estabelecer uma “intimidade” entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos? Por que não discutir as implicações política e ideológicas de um tal descaso dos dominantes pelas áreas pobres da cidade? [...] (FREIRE 1996, p. 30).

Para Chauí (1997) a educação precisa superar sua garantia apenas na lei e se efetivar na prática proporcionando uma formação fundamentada na cidadania, superando a perspectiva de que é um espaço que apenas forma pessoas para transformar-se em local onde os estudantes também constroem conhecimento de forma autônoma e colaborativa.

Pensar a escola como um espaço de formação que está inserido num processo mais amplo exige uma mudança de paradigma que supere a ideia centrada em currículos, disciplinas escolares, regimentos, normas, provas, teste, conteúdos, etc., e reconheça que suas ações pedagógicas têm poder de interferir de forma contundente na construção da identidade de meninos e meninas.

Bourdieu e Passeron (1975), analisando o sistema de ensino francês, ensinam que a ação pedagógica garante a escola o direito de se utilizar da violência simbólica, buscando inculcar valores e arbítrios culturais nos estudantes, com a valorização, por meio da moral, de certos comportamentos em detrimento de outros. Para eles, o espaço escolar serve como local de transferência onde o conhecimento é medido pelo desempenho.

Entende-se por violência simbólica a ação da escola de ignorar a trajetória dos estudantes de classes populares, forçando uma interiorização de práticas pertencentes a um grupo mais poderoso. 

O poder simbólico, poder subordinado, é uma forma transformada, quer dizer, irreconhecível, transfigurada e legitimada, das outras formas de poder: só se pode passar para além da alternativa dos modelos energéticos que descrevem as relações de força e dos modelos cibernéticos que fazem delas relações de comunicação, na condição de descreverem as leis de transformação que regem a transmutação das diferentes espécies de capital em capital simbólico e, em especial, o trabalho de dissimulação e de transfiguração (numa palavra, de eufemização) que garante uma verdadeira transubstanciação das relações de força fazendo ignorar-reconhecer a violência que elas encerram objectivamente e transformando-as assim em poder simbólico, capaz de produzir efeitos reais sem dispêndio aparente de energia (BORDIEU 2007, p. 15).

Assim, o espaço escolar, embora não pratique nenhuma violência física, obriga as pessoas a pensarem de forma massificada, muitas vezes, sem perceberem que estão reproduzindo discursos homogêneos que valorizam certas formas de viver.

Freire (1996) apontava, através de uma série de razões históricas, que um dos grandes problemas de nossa educação é a inexperiência democrática e a centralidade na palavra, no verbo, nos programas e no discurso. Nesse sentido, a educação é socialmente determinada, ou seja, a prática educativa e especialmente os objetivos e conteúdos de ensino estão determinados por fins e exigências sociais, políticas e ideológicas.

Freire (1996) ainda traz como proposta a busca pela igualdade apostando numa educação que tem como pressuposto o diálogo, em que todos têm direito à voz e se educam mutuamente. Este diálogo promove uma reflexão que pode conduzir qualquer indivíduo a um nível crítico elevado que gera uma ação, que é capaz de emancipá-lo em conjunto.

Gomes (2003) nos mostra que “o olhar lançado sobre o negro e sua cultura, na escola, tanto pode valorizar identidades e diferenças quanto pode estigmatizá-las, discriminá-las, segregá-las e até mesmo negá-las”.  Para entender melhor, qualquer exclusão, distinção, restrição ou preferência baseada na raça, cor e nacionalidade que tenha intenção de resultar ou anular o reconhecimento de exercícios é considerado como discriminação racial.

Entendemos que um dos caminhos para a construção de práticas formadoras que eduquem para a diversidade poderá ser um olhar mais atento aos caminhos e percurso dos estudantes. Todos nós sabemos que é essencial e principal de toda escola promover e desenvolver a aprendizagem do indivíduo nas diferentes dimensões: sociais, cognitivas, emocionais e motoras.

Nesse sentido, a escola deve ser local de diálogo, de aprender a conviver, vivenciando a própria cultura e respeitando as diferentes formas de expressão cultural, de ampliar o horizonte de referências de aluno despertando sua curiosidade para o mundo que o cerca.

Recuperar as origens dessas influências é valorizar os povos que as trouxeram e seus descendentes, reconhecendo suas lutas pela defesa de dignidade e da liberdade, atuando na construção cotidiana do Brasil, dando a voz a um passado que se faz presente em seres humanos que afirmam sua dignidade na herança cultural que carregam. É também reconhecer a grande dívida que o Estado brasileiro tem com todos esses povos que vieram de vários países africanos e foram escravizados aqui, bem como perceber a importância do negro na construção do processo histórico-cultural do Brasil.

O que se busca do ponto de vista educacional é, sobretudo, a transformação de atitudes, reconhecimento e valorização de características específicas e singulares de uma etnia, para combater a discriminação racial por causa do preconceito e desvalorização da cultura negra, tão presente na unidade de ensino em questão.

DESCRIÇÃO DA AÇÃO
A proposta deste projeto é conhecer e valorizar as contribuições dos povos africanos para construção do Brasil em áreas como cultura, arte, economia, língua, entre outras.

Serão realizadas atividades que estimulem os estudantes a buscarem conhecer um pouco sobre a áfrica para modificar as visões massificadas que tratam esse continente apenas como local de pobreza e doenças.

Tentaremos buscar parcerias com a Secretaria de Cultura de Santa Leopoldina, Comunidades Quilombolas da região e também com coletivos e ONG’s que militem por questões étnicas e garantia de direitos para os (as) negros (as).

Trabalharemos com o uso da biblioteca para que os estudantes busquem conhecer palavras usadas em nosso vocabulário originárias da África e também para levantamento de heróis e heroínas negros (as).

Em outro momento usaremos o mapa da África para compreender o processo de demarcação dos territórios africanos e como esse processo se deu. Ao mesmo tempo diversos conteúdos sobre a áfrica, escravidão e as contribuições desses povos serão ministrados nas aulas de história, geografia, filosofia, arte e sociologia de forma interdisciplinar.

Por fim, os estudantes farão oficinas de percussão, teatro e danças africanas para serem apresentados no mês de dezembro no qual finalizaremos o projeto.

CRONOGRAMA


Atividades
Meses / 2014
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Pesquisas na biblioteca sobre palavras, heróis e heroínas africanos (a)
X




Conhecendo o mapa   da África
X




Aulas de conteúdos que tratem da história da África





Oficinas de percussão

X
X


Oficinas de teatro

X
X


Oficinas de dança

X
X


Ensaios



X

Apresentações das danças, esquetes de teatro e percussão




X
Avaliação
X
X
X
X
X

Para execução:
As atividades serão realizadas durante 05 (cinco) meses.

POPULAÇÃO BENEFICIADA
Todos os alunos que cursam as três séries do ensino médio na EEEFM Alice Holzmeister em Santa Leopoldina – ES 

REFERÊNCIAS 

ARAÚJO, U. F. O déficit cognitivo e a realidade brasileira. In: AQUINO, Julio Groppa. (Org.) Diferenças e preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, SEF, 1998.

BUFFA, Ester. Educação e Cidadania: quem educa o cidadão? São Paulo: Cortez, 1996.

CHAUÍ, Marilena. Cultura e Democracia: o discurso competente e outras falas. São Paulo: Cortez, 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996 (coleção Leitura).

_______. A importância do Ato de Ler. São Paulo: Cortez, 1997.

GOMES, Nilma Lino. Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo. In: Educação e Pesquisa. Revista da Faculdade de Educação da USP. V. 29, n.1. São Paulo: FEUSP.

MINAYO, M. C. de S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Vozes. Petrópolis – RJ, 2010.

PLANO DE AÇÃO II


"MULHER NEGRA E A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL"

Por Martha Miranda dos Santos 
Sexta-feira, 18 de julho de 2014

INTRODUÇÃO
A Constituição Federal Brasileira de 1988 estabelece em seu artigo 5º, inciso I igualdade de gênero e define que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”. No entanto, a construção social no que se refere papel do homem e da mulher permanece a partir das diferenças sexuais. Na sociedade, as relações de poder e subordinação entre homens e mulheres são expressas por meio da discriminação e desigualdade de gênero.

Na divisão sexual do trabalho, as mulheres sempre estão em desvantagem em relação aos homens, tendo em vista as péssimas condições de trabalho e a desigualdade salarial, sem falar que muitas trabalham na informalidade. Além da dupla jornada nos seus lares.

Consequentemente,as maiores vítimas são às mulheres pobres e negras, com o baixo nível de escolaridade e sem muita ou quase nenhuma qualificação profissional vivenciando situação de exclusão e vulnerabilidade social, precisando da intervenção do Estado.

OBJETIVO GERAL
Promover a qualificação profissional de mulheres negras beneficiárias do Programa Bolsa Família para possível inclusão no mercado de trabalho.
  
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Estimular a formação de grupo de mulheres negras que buscam qualificação profissional;
Promover o interesse por meio do diálogo, demonstrando a perpetuação da desigualdade social, racial com a exclusão das mulheres negras no mundo do trabalho;
Criar condições para que essas mulheres possam começar e finalizar a qualificação profissional.
  
PUBLICO ALVO
Mulheres negras beneficiárias do Programa Bolsa Família atendidas no CRAS-Centro de Referencia de Assistência Social.

JUSTIFICATIVA
Considerando, o processo de desigualdade social e racial dentro da sociedade brasileira, com número elevado de pessoas que vivem situação de discriminação, pobreza, extrema pobreza,vulnerabilidade social, o governo por meio de politicas púbica cria estratégicas de enfrentamento que visa combater e superartais dificuldades.

Neste sentido, a Política Nacional de Assistência Social é um 
[...] direito do cidadão e dever do Estado, é politica de seguridade social não contributiva, que prevê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de iniciativa publica e da sociedade, para garantir o atendimento ás necessidades básicas (BRASIL, 2005, p.31).
Promover serviços, programas, projetos, benefícios de proteção social básica é um dos objetivos dessa politica, a qual é destinada especialmente a famílias e grupos que deles precisam. (BRASIL, 2004).

Atualmente, como forma de enfrentamento da pobreza, destaca-se o Programa Bolsa Família, de transferência direta de renda, criado pela Lei 10.836/2004, que beneficia famílias com renda per capta de até 154,00. Com condicionalidadesrelacionadas à educação, saúde e assistência social.  O mesmo nasceu com a intenção de combater a fome e miséria, com vistas à emancipação do individuo (BRASIL, 2004).

Entretanto, toda a centralidade das politicas sociais está atrelada a família e a titularidade do Cadúnico/Bolsa Famíliaestá assegurada a mulher, sendo a responsável em cumprir as condicionalidades exigidas pelo programa como; frequência escolar, vacinação, participação em Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV),relacionados aos filhos, reproduzindo todo tempo os papeis sociais que historicamente foram atribuídos a elas, aprofundando ainda mais a desigualdade de gênero (BRASIL, 2014).

Além disso, estudos apontam que dentre as beneficiárias do Programa, em situação de pobreza ou extrema pobreza, encontra-se em maior númeroas mulheres negras, ou seja, mais uma vez percebemos que a pobreza brasileira tem sexo e cor.

Muitas dessas mulheres negras sobrevivem com a renda mensal proveniente desse beneficio. No entanto, algumas têmmuitos filhos, vivem relacionamento pouco duradouro que não apresenta segurança, tendo que exercer o papel de chefe da casa.Porém, trabalham na informalidade ou em serviços precários recebendo baixos salários devido à falta de escolaridade e de qualificação profissional. Para além dessa situação, vivencia todo processo de discriminação racial, não conseguindo garantir o sustento da família, nem tão pouco suaprópria autonomia.

Mediante a situação exposta, visando à dignidade da pessoa humana e a emancipação do sujeito, o Centro de Referencia de Assistência Social-CRAS, que uma unidade publica estatal descentralizada da Politica Nacional de Assistência Social-PNAS, por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família-PAIF, juntamente com a Secretaria de Trabalho e Renda, propõe em oferecer à qualificação profissional com cursos profissionalizantes as mulheres negras beneficiarias do Programa Bolsa Família que buscam a possível inserção no mercado de trabalho, com salários dignos, a fim que possa promover sua inclusão social e melhorar a qualidade de vida.

DESCRIÇÃO DA AÇÃO
No primeiro momento, os técnicos do CRAS farão levantamento dos dados socioeconômico com o perfil das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, acompanhadas pelo PAIF para traçar o publico alvo. A partir do levantamento das famílias, será feito articulação com a Secretaria de Trabalho e Rendacom objetivo de realizar o planejamento das ações referente; parceria, local, mês, carga horária, material, passagem, alimentação, certificação, além da definição de números de vagas que será disponibilizada. Em seguida, será feito busca ativa que pode ser através de visita domiciliar ou contato telefônico, afim que possa passar a proposta dos cursos e estimular a participação. Depois será realizada reunião para formação do grupo, divisão das turmas e inscrições. Fechado as turmas, dará inicio a realização dos cursos. Finalizando,será feito encaminhamento das mulheres que concluíram o curso com rendimento bom, para inserção no mercado de trabalho.

PRAZO DE EXECUÇÃO
12 meses

CRONOGRAMA

AÇÃO
QUEM
COMO
ONDE
QUANDO
Levantamento de dados/perfil
Equipe técnica/
CRAS
Arquivo e Cadunico
CRAS
1º mês

Planejamento
Equipe técnica/CRAS
Gestor/Secretaria do Trab e Renda

Reunião

Prefeitura Municipal


1º mês
Mobilização
Equipe técnica/CRAS
Contato telefônico e visita domiciliar
CRAS

Comunidade

2º mês
Formação de grupo/ inscrição
Equipe técnica/Cras

Reunião

CRAS

2º mês
Qualificação Profissional
Parceria
Secretaria de trabalho e renda

Curso

Parceria
10 meses de duração
Encaminhamento

Secretaria de trabalho e renda
Articulando com as empresas
Em empresas na região
Conclusão do curso

REFERÊNCIAS
BRASIL. Política Nacional de Assistência Social. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Brasília, 2004.

BRASIL. Constituição da Republica Federal do Brasil:1988.  Disponível Em: . Acessado em 06 de julho de 2014.